sexta-feira, 18 de maio de 2012

Trabalho de exposição: Mulher, sexo e sexualidade, mexeu com uma mexeu com todas

Por Tássio Santos

Quem participou do Festival de Multiplas Sexualidades em Cachoeira não deixou de conferir o trabalho exposto no foyer do auditório. Os manequins, fantasias e objetos sexuais faziam referência o tempo inteiro ao corpo da mulher. A intenção era justamente dialogar sobre a opressão sexual feminina.
O trabalho teve como coordenadora a Profª Patrícia Santos e foi realizado pelos alunos de museologia. Reune vídeos documentários sobre corpo/liberdade e violência física/psicológica, além de ter a representação de um cabaré do século passado: "Colocamos muitos espelhos para ficar o mais real possível. Antes a mulher não detia a vaidade que ela tem hoje, então muitas delas iam buscar isso nos cabarés" relata Aline Silva, aluna de museologia.





Aos interessados, a exposição vai ficar até dia 23 deste. Vale a pena conferir.


Banheirão

A instalação fazia parte do Festival e foi aberto ontem ao público a partir das 17h. Os alunos do curso de Artes Visuais retrataram a realidade de banheiros públicos com frases de impacto, desenhos de genitalias e artigos femininos, como sutiãs e sapatos. Chamou atenção um dispositivo de som que era acionado quando havia barulho do local para mudar as projeções.






Fotos: Wendel Gomes e Larissa Oliveira.

Babado!!!

Por Tássio Santos

No dia internacional do combate a homofobia, o Babado Acadêmico contou com a presença da mediadora Profª. Dra. Valéria Noronha, Dr. Fernando Pocahy, Msc. Leilane Assunção e muita alfinetada. A princípio, a mesa Quem está faltando aqui? Homofobia, acesso a educação e estratégias de resistência tinha como propósito discutir o preconceito velado e as dificuldades que a comunidade LGBT sofre para entrar e permanecer na faculdade. 
A UFRB foi a primeira a criar uma pró-reitoria de políticas afirmativas e hoje possui destaque por ter mais de 80% de alunos que se declaram negros ou pardos e cerca de 70% de classe C, D, E nas salas de aula. Segundo Prof. Ms. Ronaldo Crispim, Pró-Reitor De Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis – PROPAAE, a faculdade ainda quer participar dos números referentes a diversidade sexual.
O festival tem cunho político-social e existe por questão de afirmação, a Profª.Dra. Ana Cristina Givigi, do Núcleo De Gênero, Diversidade Sexual e Educação, busca regular a situação do grupo LGBT nas universidades públicas com apoios de incentivos a estudos na área, por exemplo.







Foi babado, gritaria e confusão


A segunda transexual doutoranda no Brasil (a que não faz questão nenhuma de reafirmar isso), e também a primeira do RN a ingressar numa instituição de ensino superior, foi o nome da noite. Leilane provocou a plateia com perguntas quentes e foi obrigada a conduzir o tema da noite para o preconceito racial. O Núcleo de Negros e Negras do CAHL se daparou com perguntas jamais feitas e teve seu direito de resposta. As questões sobre racismo contra o branco e preconceito ao homossexual foram discutidas abertamente com muitas alfinetadas intelectuais.
"Ela arrasou muito! Tocou na ferida do grupo negro" Foi a opinião do estudante de história Elder Luan que diz ter amado a discussão. "O embasamento teórico dessa mulher impressiona." Conclui sobre Leilane.




Fotos: Tássio Santos

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Festival de Múltiplas Sexualidades tem início em Cachoeira com ato público

Tássio Santos


"Meu cu é revolucionário!" Era o que dizia a faixa que encabeçou o movimento pelas ruas de Cachoeira na manhã de hoje. No dia internacional de combate a homofobia, o protesto tem como ideologia lutar pelos direitos dos homossexuais,  mulheres e negros. O movimento contou com a presença do presidente da Associação do Grupo Gay de Cachoeira, Alexandre Britto, o grupo de negros e negras do CAHL (NNNE), coletivo Aquenda! além de teóricos que estudam diversidade sexual e a coordenadora do Núcleo de Gênero, Diversidade Sexual e Educação, Ana Cristina Givigi.

Alunos partiram da frente da universidade

Em entrevista, Janaína Miranda, responsável pelo evento em Cachoeira, diz que o ato quer despertar a atenção dos cachoeiranos e indagar a sociedade a respeito das opressões. Já o professor doutor Alexsandro Rodrigues, coordenador do grupo de estudos em pesquisas em sexualidades GEPS/UEFS, pensa que há outras maneiras, além de movimentos como este. A dominação do conhecimento, estudos sobre o assunto aplicado na sociedade , a repercussão nos espaços sociais e de que maneira as políticas públicas se pronunciam  são outras estratégias importantes.
O percusso, acompanhado por um carro de som e microfone aberto aos adeptos do movimento, passou pela orla da cidade e voltou a faculdade depois de muita visibilidade pela população local.


 Percorreram a orla

Protestaram na Praça 25

 Se concentraram em frente a Câmara Municipal

E caminharam pelo centro da cidade.

O evento segue com uma visita a instalação Banheirão às 17h no foyer do auditório,  às 18h  mesas institucionais, fórum baiano LGBT às 19h e a festa às 21h30.

Fotos: Wendel Gomes e Larissa Oliveira

domingo, 13 de maio de 2012

SÃO 705 INSCRITXS NO I FESTIVAL ANUAL DE MÚLTIPLAS SEXUALIDADES


Mesmo anunciando somente 200 vagas para o I Festival, 705 pessoas inscreveram-se para as atividades do evento. A Comissão Organizadora considera um sucesso o número de inscrições – “além do número surpreendente, isso nos indica a necessidade da UFRB agir politicamente no acesso das pessoas não heterossexuais à universidade e qualificação do debate de gênero e sexualidade” diz Loran Prazeres, estudante do CFP e da Comissão Organizadora.

Dxs 705 inscritxs, 601 são discentes, 88 da sociedade civil e 16 são professorxs e técnicxs. Para a Coordenadora do Núcleo de Gênero, Diversidade Sexual e Educação da CPA/Propaae, kiki Givigi, “há necessidade de buscar aliança entre professorxs para publicização de seus trabalhos e pesquisas e para a construção do Núcleo”diz ela, “faremos isso no próximo período, já iniciando com uma mesa no Festival”, termina ela, referindo-se ao debate da manhã do dia 18, em Cruz da Almas, onde professorxs discutirão estratégias de pesquisa e trabalho, coordenadxs pelo Núcleo Maria Quitéria/ CAHL.

As pessoas que inscreveram-se para participar em atividades além das de seu Centro deverão ficar atentxs ao blog para ver o horário e local de saída do transporte. Todxs devem confirmar no credenciamento a sua intenção de participação. As novas vagas de novxs inscritxs deverão aguardam a vaga de optantxs desistentes. A Coordenação tem tentando possibilitar pastas e canetas para todxs inscritxs, mas a prioridade se dará por ordem de inscrição e credenciamento. Novas inscrições poderão ser feitas em cada Centro.

FUNCIONAMENTO DO TRANSPORTE PARA O FESTIVAL



No ato da inscrição on line xs estudantes optaram por participar (ou não) de atividades em outros Centros. Xs primeirxs quinhentos inscritxs terão direito ao uso do transporte. Caso haja desistências, xs próximxs imediatamente inscritxs poderão fazer uso; saberão disso no credenciamento em cada Centro.


TRANSPORTE DO CFP AOS OUTROS CENTROS ESTÁ CONFIRMADO

15 de maio de 2012: PRIMEIRO DIA DE EVENTO

Para xs alunxs do CFP que se inscreveram com intenção de ir ao Centro de Ciências da Saúde (em Santo Antônio de Jesus), dia 15 de maio. Atenção à saída do ônibus:

Saída: da PRAÇA DO CRISTO (EM FRENTE À FARMÁCIA UNIÃO) para o CCS às 6h30
 Retorno: do Centro de Ciências da Saúde para Amargosa às 17h30.

17 de maio de 2012: TERCEIRO DIA DE EVENTO

Para xs alunxs  do CFP que se inscreveram com intenção de ir ao Centro de Artes, Humanidades e Letras (em Cachoeira), dia 17 de maio. Atenção à saída do ônibus:

 Saída: da PRAÇA DO CRISTO (EM FRENTE À FARMÁCIA UNIÃO) para o CAHL - 06:30

OBS: Como neste dia teremos Babado Acadêmico e atividades culturais noturnas não teremos retorno para Amargosa. Neste caso, TODXS devem levar colchonetes e/ou barracas, e material de higiene pessoal.

 OBS²: Dormiremos em Cachoeira e na manhã do dia 18/05/2012 (sexta-feira) iremos para o CCAAB/CETEC (Cruz das Almas). Ao final do dia 18/05/2012 (sexta-feira) retornaremos para Amargosa às 17:30.


18 de maio de 2012: QUARTO DIA DO EVENTO

Para xs alunxs do CFP que se inscreveram com intenção de ir ao CETEC/CCAB:

Saída: da PRAÇA DO CRISTO (EM FRENTE À FARMÁCIA UNIÃO) para o Cetec/Ccab 6h30
Retorno: do Centro de Ciências da Saúde para Amargosa às 17h30.

NÃO SE ATRASEM! ESTAMOS EM UM EVENTO MULTICAMPI, ENTÃO NÃO PODEREMOS TER ATRASOS!

CONFIRMAREMOS OS OUTROS HORÁRIOS DOS OUTROS CENTROS NA SEGUNDA FEIRA

BABADOS E FESTAS MARCAM OS DIAS E AS NOITES DO FESTIVAL






Além dos Babados Acadêmicos com a presença de autoridades legitimadas a falar de gênero e sexualidade, como Millena Passos, Alexsandro Rodrigues, Fernando Pocahy, Leilane Assunção, Nilton Luz, Taisa Ferreira, Eide Paiva, todos os dias acontecem festas nas cidades do festival.




Discutiremos capoeira e gênero, em intersecção ao evento Revisitando o 13 de Maio; currículo e inclusão; homofobia e acesso e, no último dia, junto à sociedade civil, construiremos uma pauta de ações e atividades para um plano de trabalho na Universidade.


As festas, produzidas pelas Comissões de Trabalho nos Centros, assim como cartaz e estratégias, pretendem dar visibilidade às criações e ludismo dxs integrantes do festival. A Múltiplas Fest acontece em Santo Antônio de Jesus (República Hospício), a Noite Quente Fora do Armário em Amargosa (Casa Do Duca) e a Universo Diverso (CAHL) em Cachoeira.

Serão dias de alegria e participação política. Agende-se e compareça. 

sábado, 5 de maio de 2012

Babado, participação e política: Estudantes inscritxs para o Festival já chegam a 615


Mais do que superar a expectativa numérica, xs inscritxs no I Festival Anual de Múltiplas Sexualidades mostram que querem discutir a temática de gênero e sexualidade na universidade. Já são 615 inscritxs para as 200 vagas previstas. A maioria dxs inscritos optou por participar da programação em um ou dois campis. Segundo Kiki Givigi, Coordenadora Núcleo de Gênero, Diversidade Sexual e Educação da CPA/Propaae isso possibilitou que as inscrições continuassem a serem feitas. Além disso, ela diz que “para nós é necessário que a discussão seja feita para a construção de mais uma marca da diversidade na UFRB” comenta ela.

Independente do recebimento de pastas e material do Festival, todxs que participarem das atividades e assinarem as listas de presença no começo e final da atividade receberão a certificação feita pela Proext, também organizadora do evento.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Babados Acadêmicos debaterão arte, currículo e homofobia


Durante os três primeiros dias do Festival acontecem os Babados Acadêmicos. A proposta é que em cada momento aconteça uma discussão para xs participantes, por meio de professorxs e militantes dos movimentos sociais.
 O primeiro Babado é “A Capoeira, Gênero e Sexualidade”, quando o papo será sobre o corpo negro e sua construção de gênero na capoeira, dia 15. Esse Babado acontecerá em intersecção com o Revisitando o 13 de Maio, no Centro de Ciências da Saúde. O segundo, dia 16, acontece no Centro de Formação de Professores, em Amargosa, num debate sobre educação e currículo  e os espaços para a diversidade sexual e racial. E, por último, xs convidadxs debatem a homofobia e a exclusão da escola, no Dia Internacional de Combate a Homofobia, 17 de maio, no Centro de Humanidades, Artes e Letras.

FESTIVAL EM NÚMEROS

210 Monitorxs inscritos 61 selecionados
69 pessoas de movimentos sociais
17 professorxs e técnicxs
510 alunxs 

Programação do Múltiplas Sexualidades contará com Ato Público contra as opressões


sábado, 28 de abril de 2012

Lista de monitorxs selecionadxs para o CAHL, CCS e o CFP é divulgada


Xs monitorxs do I Festival Anual de Múltiplas Sexualidades para as atividades do Centro de Formação de Professores - CFP, para o Centro de Ciências da Saúde - CCS e para o Centro de Artes Humanidades e Letras - CAHL, já foram selecionadxs. A Comissão Organizadora ampliou de dez para quinze vagas (para o CAHL e CCS)  e de dez para treze vagas (para o CFP) por causa da ampla lista de inscrições para monitoria e do grande número de inscritos para o evento. No inicio da próxima semana a Comissão Organizadora divulgará o dia de treinamento para xs selecionadxs.

Xs inscritxs para a monitoria no CCS, CETEC/CCAAB serão divulgados nos próximos dias.


LISTA DXS MONITORXS SELECIONADOS – CAHL


1.      Áquila Jamille Araújo Alves
2.      Arnaldo Silva Santana Júnior
3.      Carine Assunção Meireles
4.      Elder Luan dos Santos Silva
5.      Gimerson Roque Prado Oliveira
6.      Isis Gomes Brandão
7.      Jaiara Souza dos Santos
8.      Larissa oliveira santos
9.      Lucas Dias Reis
10.  Marivan dos Santos Oliveira
11.  Tássio da Silva Santos
12.  Taiane Santos Silva
13.  Taysa Silva Santos
14.  Vinícius Santos da Silva
15. Zilda Marcelina Miranda Ferreira de Azevedo



LISTA DXS MONITORXS SELECIONADOS – CFP
  1. 1.     Adrielli Santana Lemos
    2.     Ana Verena A. Silva
    3.     Cassia de Almeida Esperança
    4.     Daniela dos Santos Santana
    5.     Eliabe Reis Nogueira
    6.     Ítalo Júnior dos Santos Almeida
    7.     Jaqueline de Souza Barreto
    8.     Joseane Gomes de Jesus
    9.     Juliana Roberta Almeida de Almeida
    10. Patrícia Silva de Figueiredo
    11. Paula Cristina Santos Silva
    12. Reinaldo Gonçalves Conceição
          13. Vittor dos Santos Ferreira 

    LISTA DXS MONITORXS SELECIONADOS – CCS


    1. Álvaro Nielson Santos Chaves
    2. Cleonice Lays Trindade Ribeiro
    3. Daiany Souza de Jesus
    4. Dienna de Souza Andrade
    5. Jociéli Moura dos Santos Braga
    6. Keline Santos de Carvalho
    7. Lucas Estevam da Silva
    8. Marcia Cunha Oliveira
    9. Marcus Vinicius dos Santos Oliveira
    10. Marla de Cerqueira Alves
    11. Pricila Lapa dos Santos
    12. Rafaela Daltro de Almeida Pinto
    13. Raphael Silva Nogueira Costa
    14. Taiana Silva de Oliveira
    15. Tharcio Sampaio Lima



Já são 69 inscritxs dos Movimentos Sociais!!!


As pessoas integrantes dos Movimentos Sociais já totalizam 69 inscritxs. O I Festival Anual de Múltiplas  Sexualidades da UFRB visa iniciar e institucionalizar o diálogo com os movimentos para implementar politicas de acesso, permanência e qualificação para a diversidade sexual. Para isso, além dos Babados Acadêmicos, está previsto um fórum de múltiplas sexualidades na sexta-feira, 18, à tarde. Nesse momento a UFRB e os movimentos traçarão uma pauta conjunta de ações e formação.

Xs representantes dos movimentos podem continuar se inscrevendo.

Universo Diverso agitará a terceira noite do Múltiplas Sexualidades


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Babado, participação e política: Já são 486 estudantes inscritos no Festival!

Xs estudantes da UFRB mostram que querem discutir política, gênero e sexualidade. Apesar de termos anunciado somente 200 vagas para estudantes no I Festival Anual de Múltiplas Sexualidades, já são 486 inscritxs. Xs estudantes devem continuar a se inscrever e aguardar as notícias sobre infra estrutura. 

Contudo, a Comissão de Organização garante que ninguém que participar das sessões ficará sem certificação. Também está em discussão a infra estrutura para garantir a participação de todxs, mas é necessário aguardar novidades.” O festival impulsionará a institucionalização de políticas afirmativas para a diversidade sexual”, assegura a Coordenadora do Núcleo de Gênero, Diversidade Sexual e Educação, Kiki Givigi, “ a partir da participação poderemos discutir currículo, pesquisa e ensino” continua ela.

Além disso, já constam 63 pessoas inscritas dos movimentos sociais.

Abertas as inscrições para professorxs e técnicos no I Festival de Múltiplas Sexualidades

Professorxs e técnicxs podem inscrever-se até dia 08 de maio para o I  Festival Anual das Múltiplas Sexualidades. O evento que acontece de 15 a 18 de maio também pretende agregar as pesquisas e atividades referentes à temática de gênero e sexualidade dxs professorxs e técnicxs. No dia 18 acontece, no campus de Cruz das Almas, a Exposição dos trabalhos de pesquisa e extensão nas temáticas de gênero e sexualidades, sob a coordenação do Núcleo Maria Quitéria, do CAHL.

A organização do evento é do Núcleo de Gênero, Diversidade Sexual e Educação/ Coordenadoria de Políticas Afirmativas da Pró Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (PROPAAE) e da Pró Reitoria de Extensão (PROEXT), junto a um coletivo de estudantes e professores, priorizou a  inscrição dxs estudantes para a garantia da infra estrutura de transporte e alimentação.

O Festival, que acontece nos quatro campus da UFRB, de 15 a 18 de maio, pretende ampliar as discussões e ações já inicialmente desenvolvidas na universidade na temática de gênero, diversidade sexual e educação, por grupos de estudantes e pesquisadores (as) docentes, orientando-se pelos movimentos e sua relação com as políticas públicas em discussão no Brasil. Com isso, essa iniciativa criará um espaço plural para discussão dos variados grupos de pesquisa em gênero  e sexualidade.

Encerram-se segunda feira (23) as inscrições para monitoria

O encerramento das inscrições para monitorxs do I Festival de Múltiplas Sexualidades será antecipadas para segunda feira, 23. Segundo a Coordenadora do Festival, kiki Givigi “já são 194 inscrições para somente 40 vagas, o que dificultará a seleção, além de produzir expectativas que não poderemos cumprir, embora seja maravilhosa a participação” termina Kiki.
A função da monitoria é credenciar, participar dos treinamentos, atender as demandas doe vento quanto a programação, assessoria axs palestrantes, etc. Xs monitorxs receberão certificação.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Docentes e técnicos poderão inscrever-se no Festival na próxima semana

Os professores e técnicos da UFRB poderão inscrever-se no I Festival Anual das Múltiplas Sexualidades a partir do dia 17 de abril, em formulário específico no blog do evento. As inscrições seguirão até o dia 07 de maio. O  Núcleo de Gênero, Diversidade Sexual e Educação da Pró Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (PROPAAE) e a Pró Reitoria de Extensão (PROEXT), organizadores do evento, junto a um coletivo de estudantes e professores, priorizou a  inscrição dxs estudantes para a garantia da infra estrutura de transporte e alimentação.

O Festival, que acontece nos quatro campus da UFRB, de 15 a 18 de maio, pretende ampliar as discussões e ações já inicialmente desenvolvidas na universidade na temática de gênero, diversidade sexual e educação, por grupos de estudantes e pesquisadores (as) docentes, orientando-se pelos movimentos e sua relação com as políticas públicas em discussão no Brasil. Com isso, essa iniciativa criará um espaço plural para discussão dos variados grupos de pesquisa em gênero  e sexualidade.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Inscrições Para Participantes e Monitores Abertas


As inscrições para participantes e para monitores estão abertas a partir do último dia 12 de Abril, para acessar as fichas de inscrição on line basta clicar logo acima nas abas correspondentes, a inscrição para participantes ficará no ar até o dia 07 de Maio ou até enquanto durarem as vagas, e já para monitores ficará no ar até o dia 25 de Abril. Mais informações acessem as abas de cada inscrição.

terça-feira, 27 de março de 2012

Visibilidade transgênero no Brasil

Pro Jaqueline Gomes de Jesus
Correio Braziliense - 18/01/2012

Em 29 de janeiro é comemorado em todo o Brasil o Dia da Visibilidade de Travestis e Transexuais, reconhecido por organizações sociais e representações do governo federal, como o Ministério da Saúde — que em 2004 lançou a campanha nacional Travesti e Respeito, a fim de promover o respeito à sua condição.

Apesar de haver pessoas transexuais nos diferentes espaços sociais, políticos, técnicos ou acadêmicos, a sua visibilidade, nos meios de comunicação em particular, é concentrada no aspecto marginal ou criminal, e pouco no cotidiano e demandas.

Pessoas transgênero (travestis ou transexuais) que buscam legalmente adequar o seu registro civil ao nome e ao gênero com o qual se identificam encontram obstáculos desumanizadores, sendo em geral demandadas, mesmo as que não desejam, a se submeterem a arriscadas cirurgias de redesignição genital para que lhes seja concedido o direito fundamental à identidade. Isso, além de ser uma violência institucional, é uma prática eugenista de esterilização forçada contra um grupo populacional, em pleno século 21.

O pequeno espaço conquistado por homens transexuais (pessoas que reivindicam o reconhecimento legal e social como homens) e mulheres transexuais (pessoas que reivindicam o reconhecimento legal e social como mulheres) é fruto de mobilização, geralmente individual, pelo mínimo respeito a suas especificidades e direitos fundamentais.

Esse não é um detalhe qualquer, e também não é suficiente para melhorar as condições do grupo. A sociedade em que vivemos dissemina a crença de que os órgãos genitais definem se uma pessoa será homem ou mulher. Porém, essa construção do sexo não é um fato biológico, é social.

Para a ciência biológica, o que determina o sexo de uma pessoa é o tamanho das suas células reprodutivas (pequenas — espermatozoides —, macho; grandes — óvulos —, fêmea), e só. Biologicamente, isso não define o comportamento masculino ou feminino das pessoas: o que faz isso é a cultura, a qual define alguém como masculino ou feminino, e isso muda de acordo com a cultura de que falamos.

Mulheres de países nórdicos têm características que para nossa cultura são tidas como masculinas. Ser masculino no Brasil é diferente do que é ser masculino no Japão ou mesmo na Argentina. Há culturas para as quais não é o órgão genital que define o sexo. Ser masculino ou feminino, homem ou mulher, é uma questão de gênero. Logo, o conceito que importa para entendermos homens e mulheres é o de gênero.

Muito ainda tem de ser enfrentado para se chegar a um mínimo de dignidade e respeito à identidade das pessoas transexuais, que vai além dos estereótipos.

No que especificamente se refere às mulheres transexuais, não há informação oficial de como órgãos públicos que representam as mulheres, como secretarias, seja em nível federal ou local, têm-se articulado para pensar e tentar auxiliar essas mulheres no que envolve a possibilidade de serem atendidas nas delegacias especializadas; a proteção pela Lei Maria da Penha; o respeito à sua identificação no trabalho e em outros espaços.

Em termos de comunicação de massa, não seria útil uma campanha defendendo o direito de todas as mulheres, biológicas ou não, à dignidade e a serem respeitadas como mulheres? Essa é uma grande preocupação das mulheres transexuais, que tantas vezes sofrem por não serem tratadas como mulheres.

Falando brevemente sobre ações do governo federal, que subscreve o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, observa-se a necessidade de se aprofundar o cumprimento da Portaria nº 233/2010, do Ministério do Planejamento, que adotou o nome social de servidores públicos federais travestis e transexuais, entretanto não foi implementada por alguns órgãos.

Nota-se também que o formato do novo documento de identidade, o Registro de Identidade Civil (RIC), expõe o sexo das pessoas. Isso não existe no atual RG.

O RIC não usa o conceito de gênero, mas o de sexo. O problema é que esse documento, na forma como se encontra, causará maior sofrimento do que o atual RG, para todas as pessoas travestis e transexuais que não conseguiram adequar seus documentos ao gênero com o qual se identificam.

São muitos os desafios para que as pessoas transgênero sejam consideradas humanas, quiçá cidadãs e cidadãos, neste país.

Jaqueline Gomes de Jesus é psicóloga e doutora em psicologia social e do trabalho pela Universidade de Brasília (UnB).

sexta-feira, 9 de março de 2012

Somos múltiplos e chegamos para ficar!


Sexualidades múltiplas são aquelas que não param de se diferenciar porque ali, onde um desejo parecia ser definitivo, ele novamente se diferencia construindo novos repertórios, novos modos de ser e, principalmente, uma nova batalha.
                                                
                                                 “Maria Sapatão, sapatão, sapatão
De dia é Maria, de noite é João”...

Essas sexualidades não querem se deixar capturar pela estabilidade aparente de um só jeito de ser feminino e masculino. Seus sexos ultrapassam seus corpos, envergando-se sobre si e formando outro, parindo outras sexualidades. Algumas têm nome, identidade, por vezes até um gênero inteligível. Outras um modo queer. O que mais importa é que a sexualidade vai assim se construindo em meio às lutas- coerções e resistências.

“Olha a cabeleira do Zezé, será que ele é, será que ele é?”

Estão na pista produzindo territórios e os desfazendo assim que uma comoção louca zoa lá nos tímpanos chamando-as para a construção autônoma das normas. Com a navalha na liga cortam a biopolítica deixando sangrar uma "bio-felicidade” que modifica as condições das próprias definições.

“Precisou correr
Uma vida pra entender
Que ele era assim
Um comum de dois”

Compreendemo-nos múltiplos, homens ou mulheres em variações e versões. Pontiagudos. Afiadas. Ousados. Oblíquas até demais.

“E hoje vai sair
Com a melhor lingerie
Não pra afrontar
só quer se divertir

Mas ele afrontou
Provocou
Assombrou
Incomodou

E ele nem ligou”...

Este festival é nosso. Provocaremos as multiplicidades e, da rigidez ordinária da Universidade, os armários despejarão paetês, penas, atabaques, trevos e patuás. Somos baianxs múltiplos e viemos para ficar.
Axé !

Kiki Givigi – Coordenadora do Núcleo de Gênero, Diversidade Sexual e Educação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia [UFRB]